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quinta-feira, 27 de agosto de 2020

A cor da carne que visto

     


     Passamos nós e o planeta por um momento de transição, e como qualquer metamorfose há momentos de caos que depuram o homem através da dor, incompreensão, inconformismo e violência para com seu semelhante. Tal situação é espetáculo didático para outros homens que a assistem, criando em seus corações aprendizado, abrindo vossos olhos do individualismo e da barbárie, fazendo ponte de evolução da criatura Homem para a espécie Ser Humana, invólucro do espirito, este sim, superior a qualquer denominação de raça ou qualquer criação proveniente da carne que pode apodrecer, seja ela amarela, parda, vermelha, marrom, cabocla, asiática, preta ou ariana.

     Quanto de nós ainda se prende à descartável embalagem das frágeis efemeridades de uma sociedade, que no seu perecimento mal-logra êxito em um século de existência? Assim ainda é com a intolerância aos negros, grande parte ainda se ofende ou deixa fluir suas pobres ilusões de superioridade, quando se pudessem por ventura, observar no intimo dos seus próprios espíritos e ver a escuridão lamaçal causada por suas próprias ignorâncias. Pobre desses, ainda incapazes de perceber que se auto-reprovam nesta escola universal chamada Terra.

     Eu ainda não havia externado a tristeza pelo assassinato de George Floyd, porém mais um ato covarde nos ensina; do outro lado do globo outro homem é agora alvejado, agora na presença de seus filhos. Rasga-me a alma imaginar por um segundo a cena nos coraçõezinhos inocentes. E isto não pode me calar e nem a você. Óbvio que sentiremos outras injustiças e absurdos inaceitáveis, mas tudo decorre em velocidade para o nosso adiantamento, nunca esquecendo que não cai uma folha sem a permissão de Deus, mas cabe a nós apanhá-la.