O Pássaro Mágico

Conheceríamos bem um homem, se ao falarmos para ele que seu sucesso apenas desabrochará após a morte de um belo pássaro mágico de plumagens divinas e canto celestial. E os seus pensamentos seriam: Posso matá-lo? Quanto tempo ele viverá? Ou pobre pássaro!

Felizmente ou infelizmente este pássaro mágico imaginário um dia voará em nossa direção e olhará no fundo de nossos olhos, provavelmente não estaremos preparados para tal encontro, seja ele bom ou ruim, mas acima de tudo a idéia que se deve ter sobre este pássaro é que ele não está unicamente cantando apenas para você, ele está envolvido com idéias e interesses de outras pessoas também. Então busque tratá-lo bem, sem pensar nos desejos mencionados antes, reflita e siga no seu trabalho e deixe simplesmente o pássaro viver, aliás, tudo vem com seu tempo e nos sentimos muito melhor quando obtemos o sucesso sem prejudicar os outros.

O Quanto Você é Responsável?

Diariamente em nossas vidas seja ela particular ou profissional iremos nos deparar com compromissos, muito deles vitais para a criação de nossa imagem social e profissional. Muito de nosso caráter profissional é revelado nas relações fora da empresa, sejam na família, no ciclo de amizades e nos relacionamentos, estas três esferas mostram muito sobre sua capacidade de cumprir compromissos. Dentro de sua organização existem dois tipos de pessoas, as que cumprem compromissos por dever e as que cumprem por instinto íntimo, as que cumprem por “dever” estão sempre buscando uma segunda opção para não cumprir seus deveres, fazem sem compromisso, não gostariam de estar ali naquele momento e fazem de suas vidas profissionais e sociais um peso emocional.
Já as que cumprem por “instinto íntimo” são aquelas que ao decorrer de suas vidas criam um compromisso com elas mesmas, estas pessoas conseguem administrar e cumprir todos seus compromissos, profissionais e sociais, simplesmente porque descobre no íntimo de suas personalidades o respeito pelo próximo, e este respeito é humano, o mesmo que lhe faz ir à festa de colégio de seu filho, que lhe faz ir ao aniversário de seu amigo, de ceder o lugar ao idoso ou simplesmente sentir a hora de dizer “Muito obrigado!”.
Parecem atos simples, mas eles estão diariamente ligados a nossa capacidade de cumprir compromissos, a não pensar duas vezes ou simplesmente inventar uma desculpa. E você já conhece sua capacidade responsável? Continua dizendo a si mesmo (a) “Ah não vou, não precisa, ou os outros resolvem tudo por mim? Sinto muito, mas você entrou no ócio comodismo e na sua empresa sempre terá alguém capaz e de olho na responsabilidade que você está pensando duas vezes antes de concluí-la, na sua vida social seus parceiros e amigos perdem a credulidade em você, e o rotulam como aquele que nunca vem a uma reunião, ao churrasco ou não participa dos trabalhos de faculdade. Certamente você se enquadra em um desses dois perfis, cabe a você a “responsabilidade” de mudar ou não mudar. Boa sorte!

O Garoto do Sinal

Por diversos momentos você se sentiu só, em outros duvidou que existisse, são inúmeras as ocasiões em que encontramos este perturbador sentimento, principalmente, quando não exterioresamos nossa gratidão mais profunda, aquela que nos faz valorizar cada fragmento de nossas vidas e sermos gratos por ela. Neste momento nos transportamos a nossa infância, aos cheiros e sentidos vividos em nostálgica época, é neste instante que o mundo que nós conhecemos se desfaz em segundos, apenas ao olhar nos olhos do ser que provavelmente nunca sentirá tão belas recordações. Você não sabe se ele dorme, ou se sonha, ou se um dia sentiu-se limpo por fora, sua alma já calejou castigos que hoje são anestesiados pelo corpo, tão pouco tempo de vida, tanta informação perdida, tantas incógnitas absorvidas, ele segue só, caminhando pela rua, do lado do sinal, você passou e nem olhou, ele notou, mas tão pouco importa, a noite se tiver casa e voltar também não será notado, filho de uma sem razão e um sem coração, talvez ele esvazie os bolsos sobre olhos frios, sim foi tudo que deu para ganhar hoje no sinal, e o jantar? É tarde passa da meia noite! Algo não foi catado no lixo, nenhum resto, ou sobra. Será que o garoto do sinal faz como a gente? Deita em sua cama e reflete sobre seu dia? Ou estará mais ocupado pensando nas dores do corpo, na ardência da fome, ou tentando com sua limitada mente simular um carinho que nem se quer sabe imaginar? O sinal abre, nem parece que pela janela do carro ao olhar nos olhos daquele menino, trinta segundos pudessem revelar tanto sobre sua vida, a que ele não compreendia, e que nunca falou sobre ou simplesmente ninguém quis ouvir.