O povo brasileiro vem passando por comoções duras desde o início do ano de 2019, não é novidade que foi o começo da pandemia, e o brasileiro se viu recluso de suas atividades profissionais, sociais e culturais, o medo e o receio do desconhecido causava angústias ainda sem respostas, o brasileiro em si, uma figura de grande coração, apenas podia recorrer à arte, uma das principais, a música.
Naquele tempo, que parece que foi ontem, fomos acometidos por uma tragédia aérea também envolvendo um grande artista popular, o cantor Gabriel Diniz, no decorrer desse tempo fomos nos despedindo de vários outros renomados artistas de diversas categorias, íamos pouco a pouco sendo marcados não somente por uma crise de saúde mas também pela saudade e nostalgia de tempos de outra hora, então veio a popularização das chamadas “Lives”, o público estaria novamente de certa forma próximo do seu ídolo, e isso distraia e acalentava o coração na esperança de revê-los em um futuro bem próximo, e esse dia foi chegando, janelas abrindo-se para novos horizontes e aos poucos a arte iria ressurgindo na sua forma presencial em pequenos passos.
Viagens, eventos, contratos, tudo indicaria que aos poucos iriamos retomar a alegria brasileira contagiante. Porém uma notícia se repete, quase nos mesmos moldes cruéis do destino, agora, parecendo mais devastadora em tantos corações; mais um avião cai e silencia uma voz, partiu Marília Mendonça, cantora, mãe, filha e irmã, e em um período tão forte, dias atrás foi Finados, logo mais é Natal. Já não questiono a vida, mas sim, tento entender as respostas que ela nos dá a cada dia..
Afonso Pontes
