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segunda-feira, 3 de agosto de 2020

Filme e espiritualidade - Lei do progresso



Neste fim de semana, tive a oportunidade de assistir ao filme The Aeronauts. Filme de cenas belíssimas. Ambientado em 1862, a ousada pilota de balão Amelia Wren (Felicity Jones, que para mim é a Mel Lisboa brasileira rs) se une ao meteorologista pioneiro James Glaisher (Eddie Redmayne) para promover avanços no conhecimento sobre o clima e voar mais alto do que qualquer um na história.


Amelia é uma jovem viúva, traumatizada por sentir-se culpada pela morte do marido. Já Glaisher, é um jovem cientista visionário, ainda pouco respeitado pelos seus pares. Em um de seus discursos na academia Glaisher diz: “mas essa não é a nossa responsabilidade como cientistas, encontrar ordem no caos, senhores?” O filme tem cenários primorosos e realísticos, com cenas tensas também, detalhe para o momento em que Amelia precisa escalar o topo do balão. O filme é baseado em relatos reais e mostra como o homem no desenrolar do tempo criou o estudo da meteorologia, que é muito mais do que a simples previsão do tempo que vemos no noticiário da Maju. 




Mas onde entra a espiritualidade no filme? Para quem não conhece, existem várias leis além das físicas terrestres que conhecemos. Uma delas é a Lei do Progresso. Julgo todas como importantes, mas sem a lei do progresso, seria impossível eu escrever esse texto para você! A seguir trecho de Le Livre des Esprits - 1857.


O homem não pode conservar-se indefinidamente na ignorância, porque tem de atingir a finalidade que a Providência lhe assinou. Ele se instrui pela força das coisas. As revoluções morais, como as revoluções sociais, se infiltram nas idéias pouco a pouco; germinam durante séculos; depois, irrompem subitamente e produzem o desmoronamento do carunchoso edifício do passado, que deixou de estar em harmonia com as necessidades novas e com as novas aspirações. Nessas comoções, o homem quase nunca percebe senão a desordem e a confusão momentâneas que o ferem nos seus interesses materiais. Aquele, porém, que eleva o pensamento acima da sua própria personalidade, admira os desígnios da Providência, que do mal faz sair o bem. São a procela, a tempestade que saneiam a atmosfera, depois de a terem agitado violentamente.


“Que do mal faz sair o bem” Esse trecho me faz lembrar a tecnologia do GPS, originalmente inventada como arma de logística na guerra. Hoje ela salva vidas, encurta caminhos e torna nossas vidas mais cômodas. E você? Poderia dar o exemplo de algo que foi inventado e que a princípio não trouxe benefício para todos? E na sua vida, como a lei de progresso vem agindo? O que a primeira vista pareceu ruim e se tornou em algo muito bom para você?