Você é ou será duas pessoas distintas em
algum momento da sua vida, e isso não será bipolaridade ou falta de
personalidade, geralmente o que nos oficializa como pessoa é uma carteira de
identidade, com nomes, datas, números e por fim uma fotografia. Fotografias
falam muito a nosso respeito, ou a um momento especifico de nossas estórias,
você neste instante poderia pegar a sua identidade e sorrir ao ver a sua
fotografia, está lá você de alguns anos atrás, então você conversa consigo
mesmo diante daquela foto, lembra os sonhos que tinha naquele momento, os
problemas que julgava serem impossíveis de resolver naquela época, lembra de
seus medos e coragens absurdas, que hoje a sua consciência julgaria como
loucuras que você fez.
Você
nota que nesta conversa entre vocês dois do mesmo “eu” muita coisa boa mudou ou
não. Se coisas boas não surgirem ou você não se vê como uma pessoa melhor hoje,
talvez você esteja se vendo como aquela identidade de números e letras que
parou no tempo. Será que você se traduz em números? No que veste? Ou em algo
negativo que alguém te falou há anos atrás, e você a tomou como verdade para si?
Hoje a sociedade nos deixa confusos, dita
o que podemos ouvir, vestir, como falar, o que dirigir ou se vai a pé. Já temos
uma enxurrada de pensamentos íntimos, moldando o nosso ser diariamente e
entramos em confronto com regras exteriores também, outras pessoas nem se dão
conta de que isto acontece diariamente, e se tornam “Marias que vão com as
outras”
Mas eu acho que você não quer se perder, não
quer continuar o mesmo da fotografia, essa fotografia te deu partida, rumo ao
melhoramento, e você sempre a verá como um espelho, refletindo toda tua
evolução. Bem hoje você recordou do seu eu de anos atrás, deu oportunidade de
auto se reconhecer, e ver intimamente o que é hoje. Seja o que for, ou o que
ainda queira ser, eu digo, você consegue.
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